Aula 1 - O que foi a Revolução Industrial / Teóricos e críticos do Liberalismo Econômico

 

História

O que foi a Revolução Industrial / Teóricos e críticos do Liberalismo Econômico

2o bimestre – Aula 01 Ensino Médio

Revolução Industrial;

Teóricos do Liberalismo Econômico.

Refletir sobre o desenvolvimento do capitalismo no contexto da Revolução Industrial;

Compreender os fundamentos da contemporaneidade e as circunstâncias históricas do advento da Revolução Industrial;

Organizar cronologicamente o contexto histórico e seus desdobramentos.

Para começar, observe a imagem e, em seguida, reflita sobre os questionamentos apontados. Não esqueça de registrar suas observações.


Vamos debater!

Quais consequências sociais você poderia citar sobre a Revolução Industrial, considerando as condições do trabalho remunerado dos trabalhadores? O que podemos inferir a partir da imagem? ​

Em duplas ou trios, retornem ao slide 3 e respondam aos questionamentos apontados, levando em consideração as observações de todos para esse momento.

Quais consequências sociais você poderia citar sobre a Revolução

Industrial, considerando as condições do trabalho remunerado dos

trabalhadores? O que podemos inferir a partir da imagem? ​​

Virem e conversem

Para análise do contexto histórico, a partir das reflexões elaboradas, vale destacar que: ​

Proletarização refere-se ao processo social pelo qual a sobrevivência dos indivíduos depende de remuneração que provém de sua força de trabalho, isto é, sua força de trabalho também virou uma mercadoria.

A Revolução Industrial marcou uma mudança significativa no sistema econômico, do feudalismo para o capitalismo. Isso levou a um aumento da produção e da riqueza, mas também a uma maior exploração dos trabalhadores e a uma maior desigualdade econômica.​

Os trabalhadores das fábricas enfrentavam condições de trabalho extremamente difíceis e perigosas, incluindo longas horas de trabalho, salários baixos, falta de segurança no trabalho e falta de direitos trabalhistas. Muitos trabalhadores trabalhavam até 16 horas por dia, seis dias por semana, e muitos eram feridos ou mortos em acidentes no local de trabalho.​

Correção

O que foi a Revolução Industrial: principais consequências e configurações históricas para o mundo ​

Ela é considerada, pelos historiadores, como um período de grande avanço tecnológico, ocorrido a partir da segunda metade do século XVIII na Inglaterra, e que possibilitou o desenvolvimento da indústria moderna. Os avanços tecnológicos possibilitaram transformações severas no processo de produção (a maquinofatura substituiu a manufatura), e as novas relações de trabalho promoveram a proletarização do trabalhador.

Continua...

Referência: Botelho, Julia. (Politize)

O historiador Paul Mantoux, escritor do livro “A Revolução Industrial no Século XVIII”, ao retratar as situações raras daquele período sobre um dos processos de fabricação, em que o trabalho era mais simples e menos acumulado, traz a seguinte passagem:

“A simplicidade dos instrumentos correspondia à da organização do trabalho. Se a família do tecelão era bem grande, bastava para tudo e distribuía entre seus membros as operações secundárias: a mulher e as meninas na roça, os meninos cardando a lã, enquanto os homens trabalhavam na lançadeira: este usa o quadro clássico deste estado patriarcal na indústria”. (MANTOUX, 1985)

Ele ainda explica as três fases no desenvolvimento do trabalho: a primeira fase começa com o trabalhador alugando suas ferramentas de trabalho.

Referência: Botelho, Julia. (Politize)

Continua...

A segunda fase foi marcada pela aproximação entre o possuidor do produto e o capitalista, o que resultou na troca de serviços sob supervisão, dando origem à fábrica e dando início ao processo de industrialização e ao surgimento do capitalismo. A terceira fase teve início com a incorporação das máquinas, desencadeando assim a Revolução Industrial. A Inglaterra se destacou como pioneira nessa transformação. Por exemplo, com a ascensão da burguesia na política no século XVII, o que impulsionou o desenvolvimento da indústria. Além disso, o grande mercado interno favoreceu a geração de riquezas por meio das atividades mercantis.

As mudanças rumo à industrialização foram impulsionadas por três principais setores, conhecidos como Revoluções: a Comercial, a Agrária e a Intelectual.

Referência: Botelho, Julia. (Politize)

Continua...

A Revolução Comercial muda todo o cenário geográfico, por meio das cruzadas dos séculos XV e XVI. As atividades mercantis criam grande crescimento do mercado, gerando uma forte expansão do mercantilismo. A Revolução Agrária foi responsável pelo grande crescimento das cidades. As pessoas deixam suas casas no campo e migram para os grandes centros urbanos, iniciando um grande processo de urbanização. A Revolução Intelectual foi importante na superação das ideias tradicionais. O pensamento de alguns filósofos, como John Locke, Isaac Newton e René Descartes, passou a influenciar a sociedade daquele período. Os conceitos da Idade Média começam a ser substituídos pelo método científico baseado nas experiências e pelo raciocínio.

Referência: Botelho, Julia. (Politize)

Continua...

Na era do capitalismo industrial, entre 1723 e 1790, Adam Smith lançou a obra seminal do pensamento econômico, intitulada A Riqueza das Nações. Explorando teorias políticas e econômicas de inclinação liberal, ele examinou temas como a divisão do trabalho, o mecanismo de mercado, os lucros e a acumulação de riqueza pelas nações. O fundador da economia política oferece uma análise comparativa do desenvolvimento do capitalismo em diversos sistemas políticos, como a fisiocracia e o mercantilismo.

Teóricos do Liberalismo Econômico

Retrato de Adam Smith.

Referência: Adaptado de Domingues, Joelza Ester. Ensinar História.













Continua...

Sua visão destaca que a prosperidade das nações não dependia necessariamente de terra, acumulação de recursos naturais ou metais preciosos, mas, sim, da divisão do trabalho e de um sistema de liberdade natural. Opondo-se à intervenção estatal na economia, ele advogava pela teoria do livre comércio, promovendo maior liberdade individual nas relações econômicas, o que ficou conhecido como laissez-faire (livre fazer).















Continua...

Com a consolidação do capitalismo industrial no século XIX, o mundo passou por profundas transformações nas relações de trabalho. Nesse contexto, desenvolveram-se as teorias socialistas.​ Para seus teóricos, Karl Marx e Friedrich Engels, a sociedade capitalista dividia-se em classes, numa permanente luta: a dos burgueses, proprietários e latifundiários, que possuíam os meios de produção, e a dos trabalhadores e camponeses que, por possuírem apenas a força de trabalho, vendiam em troca de salários. ​

Referência: Adaptado de Domingues, Joelza Ester. Ensinar História.



​Como saída para a complexa situação e consequente exploração da classe trabalhadora, os teóricos propunham uma alternativa ao capitalismo, mas pelo viés revolucionário. As propriedades seriam do Estado, que representaria a população e redistribuiria a riqueza, não haveria propriedade privada, especialmente dos meios de produção (máquinas, terrenos, matérias-primas etc.). Dessa forma, as empresas particulares seriam abolidas e os trabalhadores não seriam explorados pela mais-valia.​

Referência: Adaptado de Domingues, Joelza Ester. Ensinar História.

De surpresa!

1- Assinale a alternativa que NÃO caracteriza o liberalismo econômico:

A) Ausência de barreiras comerciais.

B) Defesa da propriedade privada.

C) Liberdade de concorrência.

D) Autorregulamentação econômica.

E) Estatização de empresas privadas.

2 - O liberalismo econômico, apesar das suas particularidades e potencialidades, tem como uma das suas principais consequências negativas a:

A) Manutenção da desigualdade social.

B) Divisão igualitária da produção fabril.

C) Expansão do comércio internacional.

D) Elevação dos custos produtivos locais.

E) Regulamentação estatal do câmbio.

1- Assinale a alternativa que NÃO caracteriza o liberalismo econômico:

A) Ausência de barreiras comerciais.

B) Defesa da propriedade privada.

C) Liberdade de concorrência.

D) Autorregulamentação econômica.

E) Estatização de empresas privadas.

2 - O liberalismo econômico, apesar das suas particularidades e potencialidades, tem como uma das suas principais consequências negativas a:

A) Manutenção da desigualdade social.

B) Divisão igualitária da produção fabril.

C) Expansão do comércio internacional.

D) Elevação dos custos produtivos locais.

E) Regulamentação estatal do câmbio.

Correção

Em duplas ou em grupos de no máximo cincos pessoas, juntem-se para organizar e elaborar de maneira cronológica o contexto histórico estudado, levando em consideração os seguintes tópicos:

Caracterizar o capitalismo industrial e a proposta socialista para a economia;​

Registrar as fases das Revoluções Industriais e as principais potências

envolvidas;​

Apresentar as principais tecnologias criadas no contexto, que possibilitaram o

aumento da produção industrial.​

Certamente você precisará pesquisar em outras fontes confiáveis para desenvolver essa atividade. A apresentação poderá ser realizada de maneira livre, isto é, em diferentes formatos (podcast, linha do tempo, organograma, mapa mental, entre outros). Fique atento às orientações do seu professor e ao prazo de entrega da atividade.

Mostre-me!

Saiba mais

O que é Podcast e como fazer o seu. Disponível em: https://www.dinamize.com.br/blog/podcast/?keyword=&utm_term=&gad_sour ce=1&gclid=EAIaIQobChMIqtLr93GgwMVjjStBh0v0Q1wEAAYBCAAEgKKVPD_BwE. Acesso em: 05 abr. 2024.

Mapa Mental. Como fazer um e para que serve essa técnica? Disponível em: https://www.estudarfora.org.br/mapa-mental/. Acesso em: 05 jan. 2024.

Crie um fluxograma de processo brilhante com o Canva. Disponível em: https://www.canva.com/pt_br/graficos/fluxograma-processo/. Acesso em: 05 jan. 204.

WikiHow. Como fazer uma linha do tempo. Disponível em: https://pt.wikihow.com/.Fazer-uma-Linha-do-Tempo.

● Refletimos sobre a questão do desenvolvimento do capitalismo, a partir da Revolução Industrial e os seus desdobramentos; ​

● Compreendemos os fundamentos da contemporaneidade e as circunstâncias

históricas, geográficas, econômicas, políticas, sociais e culturais da organização

das sociedades em diferentes lugares, a partir do advento da Revolução Industrial.

Resumo

A Revolução Industrial, marco histórico que ocorreu na segunda metade do século XVIII na Inglaterra, impulsionou o desenvolvimento da indústria moderna e trouxe profundas transformações sociais, econômicas e políticas. Com o surgimento da maquinofatura, substituindo os métodos manuais de produção, e a proletarização dos trabalhadores, o capitalismo industrial foi solidificado.

As consequências sociais da Revolução Industrial foram diversas e impactantes. Os trabalhadores enfrentavam condições de trabalho extremamente difíceis e perigosas, incluindo longas jornadas, salários baixos, falta de segurança e direitos trabalhistas. A imagem de "A Greve" de Robert Koehler, em 1886, reflete a tensão entre os trabalhadores e os donos das fábricas, ilustrando as lutas e conflitos sociais decorrentes das condições de trabalho precárias.

Os teóricos do liberalismo econômico, como Adam Smith, defendiam a liberdade individual nas relações econômicas e o livre mercado, promovendo a não intervenção do Estado na economia (laissez-faire). No entanto, essa ideologia também gerou desigualdades sociais e a exploração da classe trabalhadora.

Paralelamente, surgiram as teorias socialistas de Karl Marx e Friedrich Engels, que criticavam o capitalismo industrial e propunham uma alternativa revolucionária, onde os meios de produção seriam controlados pelo Estado e a riqueza seria redistribuída para eliminar a exploração dos trabalhadores.

Ao refletir sobre esse contexto histórico, é fundamental compreender as fases das Revoluções Industriais, as principais potências envolvidas e as tecnologias criadas que impulsionaram o aumento da produção industrial. Essa compreensão nos permite analisar os fundamentos da contemporaneidade e as circunstâncias históricas, geográficas, econômicas, políticas, sociais e culturais que moldaram as sociedades desde o advento da Revolução Industrial.








Mapa mental


  1. Revolução Industrial

    • Surgimento na segunda metade do século XVIII na Inglaterra.
    • Desenvolvimento da indústria moderna.
    • Transformações sociais, econômicas e políticas.
  2. Consequências Sociais

    • Condições de trabalho precárias.
    • Longas jornadas e baixos salários.
    • Falta de segurança e direitos trabalhistas.
    • Conflitos entre trabalhadores e donos de fábricas.
  3. Liberalismo Econômico

    • Defesa do livre mercado.
    • Não intervenção do Estado na economia.
    • Desigualdades sociais e exploração trabalhista.
  4. Socialismo

    • Críticas ao capitalismo industrial.
    • Controle estatal dos meios de produção.
    • Redistribuição da riqueza para eliminar a exploração.
  5. Reflexões

    • Compreensão das fases das Revoluções Industriais.
    • Impacto das tecnologias na produção industrial.
    • Contexto histórico, econômico e social da contemporaneidade.


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